terça-feira, 26 de julho de 2011

O jornalista e Diretor da RADIO PONTE FM 98.5 CARLOS CUNHA será homenageado com a comenda Morgado do Cabo.


O jornalista e Diretor CARLOS CUNHA será homenageado com a Comenda Municipal João Paes Barreto – Morgado do Cabo homenagem às pessoas que contribuíram para o desenvolvimento cultural, social e econômico do município. O Cabo de Santo Agostinho celebra nesta quarta-feira (27/07) o bicentenário de elevação à categoria de vila. O evento será realizado às 10h, na Escola Modelo de Enseada dos Corais,

A comenda Morgado do Cabo leva o nome de João Paes Barreto, por ser ele a primeira pessoa que, através dos banguês dos engenhos de cana de açúcar, projetou economicamente o município. A solenidade será presidida pelo prefeito Lula Cabral e contará com a presença do governador Eduardo Campos.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Prefeitura de Goiana decreta estado de emergência na cidade

A chuva deixou mais de 200 famílias desabrigadas e outros 600 desalojados e estão alojadas em quatro prédios públicos da cidade; Celpe suspendeu parte do fornecimento de energia no município

As chuvas que caíram no último final de semana causaram grande destruição em Goiana, na Zona da Mata. A impressão de quem chega ao local é de uma cidade ilhada e os primeiros alagamentos começam a aparecer antes mesmo de chegar ao município, situado a 68 quilômetros do Recife. Na cidade, famílias estão isoladas. Muitas perderam as casas e outras foram obrigadas a sair porque os imóveis estão inundados. Uma pessoa está desaparecida.


Diante desse cenário, a Prefeitura de Goiana encaminhou o ofício com o decreto de estado de emergência ao Governo do Estado. Já o Exército mandou uma equipe à BR-101, que fará uma vistoria no trecho que ficou inundado. E às 15h, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também deve ir à Goiana.

Das casas que ficam próximas ao rio Goiana, só dá pra ver o telhado. Pelo levantamento da Prefeitura, 203 famílias estão desabrigadas e outras 606 pessoas não têm como voltar para casa. Todas elas estão alojadas em quatro prédios públicos da cidade.

A dona de casa Maria José da Silva está com a família na Escola Municipal Manoel Borba. Ela conseguiu salvar alguns móveis, mas a dor maior é saber que um parente está desaparecido e pode ter morrido. “Já enfrentei dez enchentes, mas essa foi a maior que eu vi em Goiana. Até meu afilhado morreu”, contou.

Dois meses atrás, houve uma enchente em Goiana. As famílias que ficaram desabrigadas foram levadas para as escolas e, por causa disso, o calendário escolar ficou prejudicado. Agora, em julho, as crianças deveriam estar nas salas de aula, porém, mais uma vez, o calendário escolar vai ficar atrasado.

Segundo o prefeito de Goiana, Henrique Fenelon, não há uma previsão para a reposição das aulas para os estudantes. “Nós não temos uma previsão. Realmente, só quando a situação normalizar e pudemos amparar essas pessoas todas, o calendário escolar de Goiana poderá voltar à normalidade”, afirmou.

Na pista no sentido Goiana-Recife, somente caminhões e carros mais altos se arriscaram a passar. Com isso, quem vinha da Paraíba enfrentou um longo congestionamento. No meio do transtorno, ainda era possível encontrar torcedores do Santa Cruz, que foram a João pessoa assistir ao jogo do time no último domingo (17). “A gente passou três horas parado na BR na saída de João Pessoa, então voltamos para lá, acordamos cedo, às 5h, e tentamos voltar”, disse o comerciante Antônio José dos Santos Júnior.

A força da água foi tão forte que levantou placas de concreto na obra de duplicação da BR-101 e a ponte que há na rodovia foi interditada. Como o nível do rio baixou um pouco, o tráfego na rodovia foi liberado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na manhã desta segunda-feira (18), por volta das 7h30, mas o trânsito ficou lento por causa da quantidade de água na estrada.

Por medida de segurança, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) suspendeu a energia em parte de Goiana e também nos municípios de Condado e Itambé. O alagamento impede que a Celpe reestabeleça o fornecimento nesses locais.

Segundo orientações da companhia, quem teve a casa ou o comércio invadido pela água deve pedir a um especialista uma avaliação das instalações elétricas antes de ligar os aparelhos. Isso porque paredes, tomadas e interruptores ainda úmidos aumentam o risco de curtos-circuitos e acidentes por choque elétrico.

PROBLEMAS NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
No distrito de Porto de Galinhas, em Ipojuca, a chuva inundou as bombas de água e os moradores estão sem abastecimento. Já em Moreno, na Região Metropolitana do Recife, a estação elevatória da rede de abastecimento também foi inundada.

Morre no Recife o jornalista Carlos Cavalcanti


Ele tinha 62 anos e faleceu na manhã desde domingo por conta de problemas respiratórios

Faleceu, na manhã deste domingo (17), vítima de enfisema pulmonar, o jornalista e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (SinjoPE), Carlos Cavalcante. O velório foi realizado a partir do meio-dia, no Cemitério de Santo Amaro, no Recife, onde também aconteceu o sepultamento.

Carlos Cavalcanti tinha 62 anos e também foi presidente da Associação da Imprensa de Pernambuco. Com passagens por diversos veículos de comunicação do Recife, atualmente ele se dedicada a escrever biografias.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Brasília é forte candidata para abertura, diz ministro

A cidade de Brasília é uma forte concorrente para receber a abertura da Copa de 2014, disse o ministro do Esporte, Orlando Silva, após visitar nesta segunda-feira a obra do novo Mané Garrincha. Ele acompanhou o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), durante a primeira vistoria de segurança antibomba no estádio. Além da capital federal, São Paulo e Belo Horizonte lutam para sediar o jogo inaugural do Mundial.

"Fiquei muito impressionado com o estádio. Ter executado mais de um terço do programado é um resultado extraordinário e aumenta nossa confiança de que este será um dos estádios que cumprirão plenamente o cronograma da Fifa", disse orlando Silva. "Brasília, na medida em que cumpre com o seu cronograma, se credencia fortemente para receber a abertura do Mundial em 2014."

O governo do Distrito Federal pretende bancar integralmente a obra do estádio, orçada em R$ 671 milhões, e entregá-la até 31 de dezembro de 2012. O projeto do novo Mané Garrincha, no entanto, não inclui cobertura, assentos, catraca, gramado e nem a trave, o que já levou o Ministério Público do DF a questionar o preço final do empreendimento. Algumas estimativas dão um preço final em torno de R$ 1 bilhão.

Segundo o governo do Distrito Federal, 1,9 mil operários trabalham atualmente na construção do estádio. E o período de seca dos próximos meses em Brasília deve acelerar o ritmo no canteiro de obras.

Nesta segunda-feira, bombeiros e policiais federais, civis e militares participaram da ação em busca de explosivos. Também foram usados robôs e cães farejadores em procedimento que deverá ser repetido nas demais 11 cidades que serão sede da Copa de 2014. "Não apenas nos preocupamos em cumprir cronogramas de estádios, mas em garantir um Mundial absolutamente seguro", disse Orlando Silva.

sábado, 2 de julho de 2011

Ex-presidente Itamar Franco morre em São Paulo aos 81 anos

Morreu às 10h15 deste sábado, em São Paulo, o ex-presidente da República Itamar Franco. Aos 81 anos, o político cumpria mandato até janeiro de 2019 no Senado Federal. Antes prefeito de Juiz de Fora (MG) e senador em três oportunidades, Itamar Franco chegou à Presidência após a renúncia de Fernando Collor de Mello, em 1992. Após deixar o Planalto, foi governador de Minas Gerais.
Itamar foi diagnosticado com leucemia em maio e, durante o tratamento, contraiu uma pneumonia, que se agravou. De acordo com o hospital Albert Einstein, ele sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) na Unidade de Terapia Intensiva da instituição.
Filho de Augusto César Stiebler Franco e Itália Cautiero Franco, Itamar Augusto Cautiero Franco nasceu a bordo de um navio em 28 de junho de 1930. O pai de Itamar havia morrido meses antes de seu nascimento e sua mãe registrou o filho em Salvador (BA), onde morava um tio. A família era de Juiz de Fora e ele se mudou para Minas Gerais com poucos meses. No município, cresceu e se formou em Engenharia Civil em 1954. Foi durante o curso que iniciou sua vida pública, participando da política estudantil.
Ainda na década de 50, se filiou ao PTB e tentou se eleger vereador e, depois, vice-prefeito em Juiz de Fora. Com o golpe militar em 1964 e a instalação de um regime de bipartidarismo, Itamar migrou para o MDB, sigla pela qual conquistou seu primeiro mandato eletivo, na prefeitura de Juiz de Fora, em 1967. No pleito de 1972, foi reeleito, mas deixou o cargo um ano depois para concorrer, com sucesso, a uma vaga no Senado - sendo reeleito em 1982, já no sucessor do MDB, o PMDB. Em 1986, sem apoio para ser candidato ao governo mineiro em seu partido, se filiou ao PL, mas foi derrotado por Newton Cardoso, candidato de sua ex-agremiação.
Com a derrota, Itamar voltou ao Senado para cumprir o restante de seu mandato, que ia até 1990. No período, participou da Assembleia Nacional Constituinte e das campanhas para a volta das eleições diretas. Em 1989, trocou novamente de sigla e foi para o desconhecido Partido da Reconstrução Nacional (PRN), para ser candidato à vice na chapa de Fernando Collor de Mello, que saiu vencedora.
De vice a chefe da nação
Na vice-presidência, Itamar criticou atos de Collor, como os processos de privatizações, mas se manteve discreto. Com o surgimento das denúncias de corrupção contra o governo e o início da campanha pelo impeachment do presidente, a figura pacata de Itamar ganhou espaço.
Em setembro de 1992, quando a Câmara decidiu autorizar a abertura do processo contra Collor, Itamar assumiu a vaga interinamente. Três meses depois, o presidente renunciou ao cargo e o mineiro foi conduzido à Presidência, sem uma posse formal.
Na Presidência da República
Itamar Franco assumiu o País com uma inflação de 1.100%, que chegaria a 6.000% no ano seguinte. Em meio à crise, o presidente trocou o comando do Ministério da Fazenda diversas vezes, até que Fernando Henrique Cardoso, então ministro das Relações Exteriores, assumiu a pasta com um projeto para a implantação do Plano Real.
Com o plano, era criada uma unidade real de valor (URV) para todos os produtos, desvinculada da moeda vigente na época, o Cruzeiro Real. Cada URV correspondia a US$ 1. O modelo conseguiu atrair capitais estrangeiros e foi exitoso no combate à inflação em um curto período. Apesar de ousada, a medida estabilizou a economia brasileira.
Com o sucesso do real, Itamar elegeu Fernando Henrique Cardoso seu sucessor em 1995 e deixou o Palácio do Planalto com altos índices de aprovação. No período até a eleição seguinte, Itamar foi embaixador em Portugal e na Organização dos Estados Americanos (OEA), nos Estados Unidos.
No início de 2011, Itamar Franco foi entrevistado em uma série do canal Globonews com ex-presidentes da República. Na ocasião, ele afirmou que seus feitos durante o governo não eram lembrados pelos críticos na atualidade. "Esqueceu-se e, aliás, se esquece, de que eu entreguei o País democraticamente. Ninguém fala, ninguém fala. Só falam de mim 'é o cabelo (caracterizado por um topete), é o não sei o que, é o Carnaval', essas bobagens. Mas esqueceram que eu fiz uma reunião logo de início, no Alvorada, com todos os presidentes dos partidos e fiz a seguinte proposta, a todos: 'olha, eu assumi o governo pela Constituição e pela vontade de Deus, mas estou disposto, se os senhores entenderem, eu estou pronto a convocar as eleições'".
No Carnaval de 1994, Itamar foi fotografado ao lado da modelo Lílian Ramos em um camarote na Marques de Sapucaí, no Rio de Janeiro, após ela desfilar por uma agremiação. A polêmica ficou por conta de a modelo estar só de camiseta e sem calcinha, detalhe evidenciado pelo ângulo das imagens.
O governo em Minas Gerais
Após sair do governo, Itamar se tornou um crítico da política de Fernando Henrique Cardoso. Em entrevista à Globonews, ele destacou como uma das principais críticas a reeleição, estabelecida no Brasil após a Constituição ser alterada no governo FHC. "Jamais ele disse que seria candidato à reeleição. Eu considero até hoje um grande mal, quebrou a ordem constitucional brasileira. Na reeleição, você não distingue se é presidente, se é candidato", afirmou. Além disso, ele afirmou que, logo após deixar Brasília, ficou incomodado com o fato de o real ser associado apenas a FHC, e não ao seu mandato. "Se ele quiser ficar com o Plano Real para ele, ele fica", afirmou.
Ao retornar ao Brasil e ao PMDB, o político tentou se lançar candidato à Presidência para as eleições de 1998, mas encontrou resistência no partido, que apoiaria a reeleição do tucano FHC. Decidiu, então, tentar o governo de Minas Gerais, e foi bem sucedido.
O início do governo foi turbulento. No primeiro dia, Itamar decretou a moratória para renegociar a dívida do Estado, gerando uma crise com a presidência do Banco Central. A suspensão do pagamento da dívida durou pouco mais de um ano e gerou retaliação por parte do governo federal, que suspendeu repasses como o do Fundo de Participação dos Municípios.
Outros episódios que marcaram o governo Itamar em Minas foram a retomada, por meio judicial, do controle acionário da estatal elétrica Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), parcialmente vendida no governo anterior, de Eduardo Azeredo (PSDB), e a reação de Itamar após a intenção do governo federal de privatizar a estatal Furnas, projeto que não foi levado adiante. Após a eleição de 2002, na qual apoiou Aécio Neves (PSDB) para ser seu sucessor, Itamar foi nomeado embaixador brasileiro na Itália.
A volta ao Senado
De volta ao Brasil após deixar a embaixada na Europa, Itamar tentou se candidatar a presidente pelo PMDB em 2006, mas desistiu para retornar ao Senado Federal. Acabou perdendo a indicação do partido para Hélio Costa. Em 2007, ele assumiu a presidência do Conselho do Banco do Desenvolvimento de Minas Gerais.
Em 2009, sinalizando intenção de disputar a sucessão presidencial no ano seguinte, Itamar Franco se filiou ao PPS e declarou seu apoio a Aécio. No discurso de filiação, ele ainda criticou o presidente Lula e o PT. Mais tarde, Aécio e Itamar anunciaram suas candidaturas ao Senado e foram eleitos, derrotando o petista Fernando Pimentel.
Ao voltar a Brasília, Itamar passou a integrar a comissão da reforma política da Casa e defendeu o fim do voto obrigatório e a reeleição. Ele também defendeu um veto à possibilidade de retorno de um político que cumpriu dois mandatos no Planalto. "Quem já foi presidente duas vezes não poderia concorrer mais. Vamos dar oportunidade a outras pessoas. O cidadão fica oito anos no poder e quer voltar?", disse.
A descoberta da leucemia
Em 25 de maio de 2011, Itamar Franco anunciou que um exame de rotina o diagnosticou com leucemia em estágio inicial. Ele se licenciou do Senado e se internou no Centro de Hematologia e Oncologia do hospital Albert Einstein, em São Paulo.
No final de junho, Itamar foi internado na UTI devido a uma pneumonia. Na sexta-feira, o hospital havia informado que o político apresentou uma remissão completa no quadro de leucemia, o que não equivale à cura da doença, mas, conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), representa um estado de aparente normalidade que se obtém após a quimioterapia.
Apesar da melhora, o parlamentar apresentava um "quadro grave" de pneumonia aguda e recebia tratamento com corticoesteróides em altas doses. Ele também respirava com a ajuda de aparelhos.