Preço médio do etanol será mais alto em 2011, diz Copersucar
Crescimento da demanda por álcool está à frente da oferta, diz executivo; alta do preço do açúcar leva usinas a maximizar a produção da commodity
Abastecer o carro com etanol em 2011 será menos vantajoso do que nos últimos anos. A previsão é do presidente da Copersucar, Paulo Roberto de Souza, maior empresa brasileira do comércio de açúcar e etanol. Segundo o executivo, o consumidor não deve esperar grande recuo nos preços após o período de entresafra, que deve se estender até abril.
“Nesta safra deveremos ter menos volatilidade e um padrão de preço mais alto”, afirma. “Em São Paulo, onde o etanol custa em média 55% do preço da gasolina, o mais provável é que neste ano opere numa faixa de 65%”.
O presidente da Copersucar afirma, porém, que o preço do etanol já está no limite da competitividade com a gasolina e não deve subir muito mais nos postos. E, segundo ele, não há risco de desabastecimento. “Teremos em 2011 um volume de produção de etanol não menor do que o do ano passado".
Souza diz que efeitos climáticos adversos no mundo e a alta do preço do açúcar têm limitado o crescimento da produção de etanol.
“O açúcar remunera hoje de 30% a 40% mais que o etanol”, afirma Souza. Ele destaca que o Centro-Sul do Brasil já responde por 50% do comércio mundial de açúcar. A commodity foi o grande destaque das exportações do agronegócio brasileiro em 2010, com expansão de de 52% das receitas. Com 18% das exportações do setor, o açúcar só ficou atrás da soja, que deteve 22% da vendas.
“O país precisa de mais investimentos em projetos greenfields (iniciados do zero), porque estamos vivendo um ciclo onde a demanda agora anda à frente da oferta”, afirma o presidente da Copersucar.
Na última safra, 55% da cana-de-açúcar comercializada pela Copersucar foi destinada à produção de etanol e 45% para a produção de açúcar. Segundo Souza, para a safra 2011/2012, a tendência é que esses índices mudem para 53% e 47%, respectivamente.
A empresa prevê comercializar 135 milhões de toneladas de cana na safra 2011/12, o que significará um crescimento de cerca de 25%. Das 8,1 milhões de toneladas de açúcar previstas, 6 milhões serão destinados à exportação. Na safra anterior, foram enviadas ao exterior 4,8 milhões de toneladas, a maior parte açúcar bruto a granel.
No caso do etanol, da produção estimada de 5,2 bilhões de litros, 600 milhões de litros devem ser exportados, volume igual ao da safra anterior. No Brasil, 87% da produção de etanol em 2010 foi destinada ao mercado interno, seguno a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica).
“O mercado internacional de álcool ainda não decolou”, diz Souza. “A exportação de álcool nos próximos cinco anos ainda deve ser marginal”, diz Souza.
A Copersucar prevê investir R$ 400 milhões em logística em 2011 e 2012, principalmente em terminais marítimos, transporte ferroviário e no etanolduto – obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que vai atravessar 45 municípios, ligando as principais regiões produtoras de etanol. O primeiro trecho, entre Ribeirão Preto e Paulínia, está orçado em R$ 800 milhões e deverá entrar em operação já em 2012. A Copersucar participa com 20% do investimento.
“Nesta safra deveremos ter menos volatilidade e um padrão de preço mais alto”, afirma. “Em São Paulo, onde o etanol custa em média 55% do preço da gasolina, o mais provável é que neste ano opere numa faixa de 65%”.
O presidente da Copersucar afirma, porém, que o preço do etanol já está no limite da competitividade com a gasolina e não deve subir muito mais nos postos. E, segundo ele, não há risco de desabastecimento. “Teremos em 2011 um volume de produção de etanol não menor do que o do ano passado".
Souza diz que efeitos climáticos adversos no mundo e a alta do preço do açúcar têm limitado o crescimento da produção de etanol.
“O açúcar remunera hoje de 30% a 40% mais que o etanol”, afirma Souza. Ele destaca que o Centro-Sul do Brasil já responde por 50% do comércio mundial de açúcar. A commodity foi o grande destaque das exportações do agronegócio brasileiro em 2010, com expansão de de 52% das receitas. Com 18% das exportações do setor, o açúcar só ficou atrás da soja, que deteve 22% da vendas.
“O país precisa de mais investimentos em projetos greenfields (iniciados do zero), porque estamos vivendo um ciclo onde a demanda agora anda à frente da oferta”, afirma o presidente da Copersucar.
Na última safra, 55% da cana-de-açúcar comercializada pela Copersucar foi destinada à produção de etanol e 45% para a produção de açúcar. Segundo Souza, para a safra 2011/2012, a tendência é que esses índices mudem para 53% e 47%, respectivamente.
A empresa prevê comercializar 135 milhões de toneladas de cana na safra 2011/12, o que significará um crescimento de cerca de 25%. Das 8,1 milhões de toneladas de açúcar previstas, 6 milhões serão destinados à exportação. Na safra anterior, foram enviadas ao exterior 4,8 milhões de toneladas, a maior parte açúcar bruto a granel.
No caso do etanol, da produção estimada de 5,2 bilhões de litros, 600 milhões de litros devem ser exportados, volume igual ao da safra anterior. No Brasil, 87% da produção de etanol em 2010 foi destinada ao mercado interno, seguno a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica).
“O mercado internacional de álcool ainda não decolou”, diz Souza. “A exportação de álcool nos próximos cinco anos ainda deve ser marginal”, diz Souza.
A Copersucar prevê investir R$ 400 milhões em logística em 2011 e 2012, principalmente em terminais marítimos, transporte ferroviário e no etanolduto – obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que vai atravessar 45 municípios, ligando as principais regiões produtoras de etanol. O primeiro trecho, entre Ribeirão Preto e Paulínia, está orçado em R$ 800 milhões e deverá entrar em operação já em 2012. A Copersucar participa com 20% do investimento.
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