sábado, 5 de março de 2011

Voltei, Recife!


Tema


Voltei, Recife!






Em 2011, o maior bloco de carnaval do planeta pega emprestado o título da canção do pernambucano Luiz Bandeira – também considerada uma das músicas que melhor representam o Recife – para fazer uma justa homenagem aos pernambucanos que, mesmo após deixarem sua terra natal, nunca abandonaram a veneração pela Veneza Brasileira e, é claro, pelo seu carnaval sem igual. Em seu 34º desfile, o Galo da Madrugada traz para as ruas, no Sábado de Zé Pereira, todo o sentimento de amor daqueles que levam o Recife no coração e, sempre que a saudade aperta, regressam para curtir o maior e melhor carnaval do planeta. Assim como expressa a canção de um dos homenageados do desfile: “Voltei, Recife / foi a saudade que me trouxe pelo braço / Quero ver novamente Vassoura na sua abafando / tomar umas e outras e cair no passo”.

“Foi exatamente pensando nessas pessoas e na alegria e satisfação que elas têm de curtir o seu carnaval que optamos por esse tema”, explica o presidente do Clube, Rômulo Meneses. Além de Luiz Bandeira, outros compositores pernambucanos serão lembrados no desfile 2011 do Galo da Madrugada: Antônio Maria, Nelson Ferreira, Matias da Rocha, João Santiago, Capiba, Jota Michiles, Getúlio Cavalcanti, Duda, Zé Menezes, Edgar Moraes, Alírio Moraes e outros.




A homenagem aos artistas estará presente em todos os quatro carros alegóricos que compõem o trajeto deste ano: já no Abre-alas, fotografias gigantes daqueles que, em suas trajetórias de vida, levaram o Recife no coração e nas suas canções. As imagens dos artistas virão ainda no carro “Compositores”. O carro da Música irá levar os foliões a uma viagem pelo universo das canções feitas por esses pernambucanos apaixonados: “Voltei, Recife”, “Frevo da Saudade”, “Vassourinhas”, “Oh, Bela” e “Evocação nº 1” são alguns dos títulos que vêm estampados na alegoria.

O tradicional “Bonde” do Bairro de São José também entra no clima de saudade e amor ao Recife. “É uma forma de valorizarmos ainda mais o frevo, reconhecendo o valor dos compositores, e também, é claro, o próprio folião, que vem de longe e que leva de volta a cultura da sua terra para outros Estados”, enfatizou Rômulo.

Como não poderia deixar de ser, a arquitetura da Capital Pernambucana também será evidenciada nas alegorias, conforme adianta o cenógrafo Ary Nóbrega. “Os carros virão com varandas, azulejos, lampiões, pontes, tudo em referência à Cidade”, afirmou. A tradicional imagem do Galo de cinco metros de altura, que compõe o Abre-alas, também vem de cara nova: “O Galo virá ainda mais bonito e colorido, com nova pintura, para reverenciar o Recife”, conta Ary. Uma homenagem mais do que merecida à cidade que acolhe os seus filhos que moram distante. Então, todos estão convocados para, no Sábado de Zé Pereira, declararem em uma só voz e coração: “Voltei, Recife! Foi a saudade que me trouxe pelo braço!”

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