Em entrevista à Rádio Ponte FM, nesta quinta-feira (21), o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Vado da Farmácia (PSB) voltou a afirmar que o seu antecessor Lula Cabral (PSB) deixou os caixas da prefeitura zerados e pelo menos R$ 12 milhões de resto a pagar. Vado também assegurou que em momento algum teria dito que o ex-prefeito roubou ou utilizou dinheiro público para outra finalidade.
“Eu nunca falei que o ex-prefeito roubou ou usou do dinheiro público. Eu nunca falei em canto nenhum. Falei dos déficits de resto a pagar que ele realmente deixou. Esses R$ 97 milhões que eu falei anteriormente eu não disse que ele desviou, roubou. Falei do déficit de restos a pagar”, disse.
Sem medo, Vado classificou a atitude do seu ex-aliado como crime. “Deixar restos a pagar e não deixar dinheiro em caixa é crime. E foi isso que aconteceu. Assumir esses compromissos com os cofres vazios. Aí tive que pegar da receita do meu exercício, a partir de 2013, e pagar restos a pagar que eram pra ter sido pagos na gestão anterior”, complementou o atual gestor.
Na última quarta-feira (20), Lula Cabral, em entrevista à Rádio Folha 96,7 FM, respondeu que não deixará barato tal afirmação do seu ex-padrinho político. “Se ele continuar a falar besteira, eu o processo. O prefeito não entendeu que esses valores são referentes a restos a pagar, como todo prefeito que termina uma gestão deixa”, argumentou o atual presidente da Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe).
Apesar de todo o imbróglio que vive com o seu sucessor, Lula Cabral garante que não está arrependido de ter indicado Vado como o seu candidato à sucessão. “Fizemos o que era necessário para vencer a eleição. Não deixamos que outras pessoas sem comprometimento assumissem o município”, ironizou o socialista.
fonte: folhape