Após ajudar no naufrágio do plebiscito, Eduardo Campos reúne bancada para brigar por recursos para a saúde. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press
Integrantes das bancadas do PSB no Senado e na Câmara dos Deputados desembarcam hoje no Recife para encontro com o governador de Pernambuco e presidente nacional do partido, Eduardo Campos. Os parlamentares vêm com a disposição de fazer um balanço das atividades do primeiro semestre e definir estratégias para os últimos meses de 2013. “Acho que a nossa bancada atuou de maneira autônoma, ficando ao lado do governo na hora de votar matérias importantes”, antecipou o líder do PSB na Câmara, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS).
Ao fazer tal avaliação, o deputado deixa claro que o PSB mudou sua postura de atuação no Congresso Nacional, deixando de lado a condição de ser um dos partidos mais fiéis do governo federal, junto com PT e PCdoB. Os sinais nesse sentido já foram dados. No auge dos protestos nas ruas do país, por exemplo, os socialistas ajudaram a enterrar o projeto de um plebiscito para discutir a reforma política, proposto pela presidente Dilma Rousseff (PT).
De acordo com Beto Albuquerque, no segundo semestre, os socialistas, que continuam com o firme propósito de lançar a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República, em 2014, já definiram como uma das bandeiras de luta a aprovação do projeto que obriga a União a aplicar 10% da receita em ações na área da saúde. Uma pressão, aliás, que passou a fazer parte dos discursos do governador. Nos últimos dias, ele tem repetido que a saúde só vai melhorar no Brasil com a liberação de mais investimentos e que, atualmente, a participação dos estados e municípios é bem maior que a parcela do governo federal.
Um discurso de presidenciável, portanto, que será defendido em Brasília pelos senadores e deputados do PSB. O deputado Beto Albuquerque, no entanto, garante que este não será o alvo da atuação do partido no Congresso. “Vamos deixar o debate eleitoral de lado e discutir o país. Caso contrário, não venceremos 2013. Hoje, percebemos que o lançamento antecipado da reeleição da presidente Dilma foi um equívoco”, pontuou.
A comitiva socialista, formada por 20 deputados e três senadores, irá discutir as articulações do partido com Eduardo Campos em uma reunião almoço, no Centro de Convenções, sede provisória do governo.
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