sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Maduro congela dólar a 6,30 bolívares até final de 2014


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também anunciou que sancionará a lei que estabelece o máximo de 30% de lucro para o comércio.
Foto: AFP LEO RAMIREZ
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também anunciou que sancionará a lei que estabelece o máximo de 30% de lucro para o comércio. Foto: AFP LEO RAMIREZ

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quarta-feira que o dólar permanecerá cotado a 6,30 bolívares "durante todo o ano" de 2014, apesar do complicado panorama econômico, da inflação persistente e do pesado déficit fiscal.

"Vamos manter o dólar a 6,30 (...) durante todo este ano e por muito mais tempo, e também vamos fortalecer o Sistema Complementar de Administração de Divisas (Sicad)", disse Maduro na Assembleia Nacional, durante a apresentação do relatório de sua gestão.

"A Venezuela tem os recursos em divisas suficientes para manter (o bolívar) a 6,30, mas vamos aplicar sistemas complementares, que foram criados com o objetivo de derrotar o chamado dólar paralelo, que faz parte dos mecanismos perversos para perturbar nossa economia".

Desde 2003, a Venezuela aplica um duro controle cambial, com o dólar cotado a 6,30 bolívares e autorizado pela Comissão de Administração de Divisas (Cadivi) - que nesta quarta-feira foi extinta por Maduro - ou vendido a 11,30 bolívares em leilões do Sistema Complementar de Administração de Divisas.

Segundo Maduro, o Cadivi será absorvido pelo recém criado Centro Nacional de Comércio Exterior, que "reestruturará todos os mecanismos de acesso a divisas" e fortalecerá o sistema complementar Sicad, com o qual o governo continuará fornecendo dólares a distintos setores econômicos. "São dois sistemas que se combinam perfeitamente".

Paralelamente, Maduro anunciou que nas próximas horas sancionará a lei que estabelece o máximo de 30% de lucro para o comércio, e punições mais severas contra comerciantes que pratiquem preços excessivos.

A Venezuela, país com as maiores reservas petroleiras do planeta, atravessa uma severa crise econômica, com uma inflação que em 2013 atingiu 56,2%, um déficit fiscal de entre 15 e 18% do PIB e escassez de produtos básicos, entre outros problemas.

Maduro acusa setores ligados à oposição venezuelana e conservadores dos Estados Unidos e Colômbia de promover uma "guerra econômica" contra seu governo.

Fonte:www.diariodepernambuco.com

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